Disparidades

Esperava todos os dias na estação de metro, com algum mimo fofo.

Uma rosa branca, um Talento (“vermelho”, o chocolate favorito dela), um origami, ou o que tenha dado tempo de comprar/fazer. Mas nunca de mãos vazias.

Era uma forma simples e ritualista de demonstrar o quão importante ela era para ele.

Ela chegava sempre às 23h08.

Tarde da noite para uma menina andar sozinha por aí, na rua.

Saiam da estação Vila Mariana e desciam a Lins de Vasconcelos até a casa dela. Quer dizer, até a casa acima da dela; se o pai o visse ali aquela hora da noite, ficaria uma fera.

E assim o fazia todos os dias, de segunda a sexta-feira. Voltava para a estação até às 23h45, e seguia sentido Tucuruvi.

Para onde, eu não sei.

O que sei é que nos olhos dela, ele era mais um namorado maravilhoso, que durasse talvez 3 anos, no máximo.  Nos olhos dele, ela era a menina que ele mais amaria na vida.

Sobre marionpadilha

@mpadilha também conhecida como Padólho, Mari, Má, Pandilha e derivados. Apreciadora da espontaneidade, de boas idéias, da vida e idealizadora do B.D.I.
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